08 outubro 2010

Metamorfose ambulante


Amanhã já não serei mais eu. Um corpo vazio, pedindo (clamando?) à minha alma outros dias. Por onde andarás? A noite amanheceu, o dia entardeceu, novas nuvens apareceram, o céu mudou de cor. Quem diria, uma nova identidade? A metamorfose minha, também da vida que ganhei. Interpretei outro papel e decorei outras falas, vi as folhas caírem das árvores sob minha cabeça. O verão já passou e levou aquele outro alguém, e dele não restou quase mais nada. Estará perdida? Não, virá sempre com ele, o novo dia. Um dia a buscarei de volta. O recomeço do começo. Não mudarei muito, de fato, apenas refletirei. Quando o dia amanhecer, estarei lá eu para ver o sol chegar, com outros olhos, outras emoções. Verei que minha alma não mudou tanto assim, apenas o que cabe dentro de mim.

"Prefiro ser essa metamorfose ambulante..."
(Raul Seixas)

1 recados:

Vivian Mont'Alverne disse...

Vivemos em uma constante metamorfose... A vida é dinâmica, e isso nos permite pensar e repensar sobre os acontecimentos, a lidar de forma mais madura. :)

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