23 outubro 2010

Lágrimas

Estava tudo parado, quieto e calmo. Tudo anormalmente controlado.

                Passou um dia, uma semana, um mês, e ele continuava lá, impregnando minha mente. Não foi por falta de tentativa, só uma questão de coragem, uma oportunidade pra esquecer. Mas não deu tempo. Eu não fui capaz de controlar meus sentimentos e eles que acabaram me controlando.
                Tinha uma façanha que costumava funcionar sempre: chorar. As lágrimas eram sempre boas amigas. Mas dessa vez, por mais que tentasse, não melhorava, só piorava. Pensar não melhorava as coisas, nunca melhorara. E chorar me mostrou muitas coisas que eu não via antes; chorava muito. Eram riachos de tristeza do meu coração. Mas numa dessas vezes, difícil dizer o que aconteceu, tudo mudou.




              Era noite e eu estava deitada, pensando na vida e em tudo que me acontecera. Uma daquelas noites em que eu ocasionalmente levantava para lugar nenhum da casa e começava a chorar descontroladamente. Até que um toque do telefone me despertou da minha insônia noturna. "Vamos, levanta dessa cama. Vamos pra casa". Era uma amiga. Ela pedia que eu me animasse há dias e dava-me uma vida quando eu perdia a minha. E mais uma vez ela me deu. E mas uma vez, ela tinha me desenhado de novo.


                       Já em casa, o dia clareou e não parou mais... Ele estava lá.

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