09 outubro 2011

Velho e antigo


Aquele frio na barriga, eu ainda sinto. Arrepios pela espinha, coração na mão, ao sentir o telefone chamar; o mesmo coração disparar ao ler o nome na tela, tão confuso e tão bom, eu ainda sinto. Ouvir a música que ele canta baixinho e desafinado no ouvido e lembrá-lo só por um instante bem vivo; sentir um perfume e perceber ser o dele, eu ainda sinto. Ao me abraçar em seu manto, senti-lo por sob o mesmo. O abraço forte e sem fim, o sorriso meio tortinho, mas o mais lindo, o mais imperfeito lindo; aquele que contagia e irradia alegria, que gira em torno da simplicidade. Simples é o seu toque. Simples também o pensamento em que ele retorna para mim. Mais que o frio na barriga, um leve torpor e um sorriso não-contido nasce em meus lábios... ao vê-lo. Só ao vê-lo. Eu ainda sinto... como no primeiro minuto que senti algo diferente e novo. Um novo bom, um novo que mudou muita coisa, e continua mudando, toda hora, todo dia. Um novo que eu amo ainda hoje como se fosse velho e antigo, mas que nunca caiu no desgosto e na poeira. E não cairá.

A gente percebe ser estranho o que faz um sentimento fora do comum.

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