22 maio 2011

Turbulência

              Estranho é falar de um sentimento desse. Uma estrada ligeiramente fechada, uma ladeira de pedras cortantes e um muro de plantas espinhosas para alcançar ao céu. Vou atrás das estrelas, tentando mantê-las junto a mim. Percebo correr demais atrás de uma vida e esquecer que um novo dia nasce logo amanhã, logo no próximo minuto. A longa noite que se forma no horizonte, de calmaria e calor, se aproxima cada vez mais do meu olhar: olho a lua com apenas um desejo nos lábios. Vejo-a de tal maneira formosa que me remeto a pensar em perfeição ou apenas mera ilusão. Não vi fazer sentido quando olhei para trás; o meu presente está mais vivo do que eu possa um dia imaginar.

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