03 dezembro 2011

Princesa

            Ao olhar para o céu, a noite fria já havia enfeitado as nuvens; a lua escureceu a vista de contos de fada com que o mundo amanheceu naquele dia e nada parecia conter a súbita coragem que nascera nas estrelas de brilhar como se não houvesse amanhã. Em dias passados, a lua já me parecera mais amiga; sua luz prata já me trouxera diversas alegrias e, principalmente, sorrisos. As noites agora pareciam obscuras e infinitas; sem cor, sem brilho e sem vida.

 
             Essas noites já enganaram mentes simples. Mentes que não viam mais que um pedaço de lençol enegrecido que tapava o nosso mundo vez por outra, proibindo o sol de ofuscar sua luz. Mentes que não entendem quanto tempo faz que a vida nasceu. Mentes que pensam. 
                 Essas noites perseguem gente sã. Gente que não suporta o escuro. Gente que não quer vê mais que o céu brilhando. Gente que desaparecia numa noite sem vento.
           Essas noites deveriam desaparecer. Sugar toda uma essência não faz parte da felicidade, não faz parte da vida. Mas as noites não correm esse risco. As princesas ainda necessitam de sua beleza.

1 recados:

• Ӗwerton Ľenildo. disse...

Que texto lindo. Goooostei *_* haha
Seguindo seu Blog com prazer. Abraços.

papeldeumlivro.blogspot.com

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