11 junho 2011

Dias estranhos

             Um olhar perdido pelo céu para encontrar um sol nascente, um novo dia agitado e perplexo que se erguia e sentia-se suficiente novo para andar. O mundo já não é mais o mesmo dos tempos passados. Talvez isso explicasse o tom assustado que os ventos traziam. Você, um você diferente, desolado, de olhares perdidos e de dúvidas, receios e anseios permanentes retratados e esculpidos em seu belo rosto sob a noite ao luar; eu, o reflexo de várias noites em claro, pensando na lua e nas estrelas que perdi. Em algum momento, a distração me passou para trás. Descobri alguns pedaços falhos do céu.
             Por muito tempo, fui atrás de algo que não existia. Um milagre, talvez; não sei se essa é a palavra certa. Juras e promessas eu fazia ao olhar para o mundo infinito logo acima de mim, cheia de jóias e ouro e ainda assim tão simples, que valia mais que qualquer outra coisa no mundo. Carregava o fardo de uma longa jornada sem volta, sem prêmios, sem orgulho e sem promessas de dias melhores no final da trajetória. Tantas vezes pensei no quanto sentia falta das minhas estrelas, aquelas me mostravam o caminho quando a bússola e, por ora, o instinto apenas teimavam em falhar. Mas para onde elas me levavam? Para onde eu queria ir?

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